ATIVIDADES DA SEMANA DE 14/12 ATÉ 18/12
ESTA SEMAMA SERÁ DESTINADA PARA FAZER A
RECUPERAÇÃO OU AS ATIVIDADES ATRASADAS (DO BLOG DA ESCOLA OU DO CLASSROOM).
Observação importante:
As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega
deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika) e também
podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não
esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega:
até 17/12
Alunos que precisam entregar a
recuperação: Números: 4; 8; 9; 10; 14; 15; 20; 21; 22;
23; 24; 25; 27; 33; 24
RECUPERAÇÃO
Objetivo:
Essa recuperação permite que você entre em contato com os temas mais
importantes trabalhados no segundo e terceiro bimestres: a chegada da família
real portuguesa ao Brasil e fim do período colonial. Leia com atenção os textos abaixo e
responda as questões no caderno: Texto
1: Mudanças no Rio de Janeiro Com a chegada da Corte portuguesa, o Rio de Janeiro
tornou-se sede do governo português. A partir disso, mudanças foram feitas no
município para aproximá-lo dos padrões europeus. D. João criou a Imprensa Régia
e permitiu a livre impressão de jornais e livros no Brasil. Surgiu, assim, a
Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal editado em terras brasileiras. Com
livros trazidos de Portugal, o príncipe regente criou a Real Biblioteca,
atual Biblioteca Nacional, e fundou escolas para os filhos das famílias mais
abastadas e da classe média urbana. As mudanças ocorridas no Rio de Janeiro ajudaram a
divulgar hábitos e padrões de consumo até então desconhecidos pela elite
local. Para atender aos requisitos da Corte e de uma população urbana em
rápida expansão, foram inauguradas casas comerciais especializadas na venda
de artigos de luxo europeus, como roupas e acessórios, móveis e artefatos de
uso doméstico. D. João também foi grande incentivador da cultura e das
artes e financiou diversos espetáculos de ópera e de balé no Brasil. Teatros,
bibliotecas, academias literárias e científicas, além da inauguração do
Jardim Botânico, incrementaram o cotidiano dos moradores do Rio de Janeiro.
Muitos artistas estrangeiros, como Jean-Baptiste Debret e Nicolas-Antoine
Taunay, vieram para o Brasil nas chamadas missões artísticas e registraram os
costumes e a vida cotidiana da colônia. Texto
2: Negros e indígenas no fim da colonização Entre a chegada da família real portuguesa à sua
colônia americana e a independência do Brasil, negros e indígenas
permaneceram marginalizados, condição que se estendeu por todo o século XIX. Os negros escravizados continuaram a ser explorados nas
atividades agropecuárias, na mineração, nas tarefas domésticas e em diversas
funções nos municípios. Aqueles que conseguiam comprar sua liberdade chegavam
até a acumular posses, mas viviam com grandes dificuldades e sofriam com o
preconceito racial e o estigma da escravidão. Essa situação fez com que muitos
participassem de revoltas, como a Conjuração Baiana, e, no caso dos cativos,
promovessem fugas e formassem quilombos, os refúgios de escravos. Já os indígenas continuaram vivendo sob uma política de
tutela do Estado. O governo considerava os nativos seres incapazes e,
portanto, que deviam ser tutelados e assimilados à civilização europeia. Essa
visão decorria, entre outros aspectos, de uma política indigenista que tinha
o principal objetivo de integrar completamente os nativos à sociedade
colonial por meio da miscigenação, o que permitiu casamentos mistos, e a
proibição das línguas indígenas, impondo o uso do português e os valores
ocidentais, ensinados nas escolas indígenas. Além disso, o Estado português legitimava ações de
extermínio contra as populações indígenas que resistiam ao processo
civilizacional, destruindo suas tradições e ocupando suas terras. Em maio de
1808, D. João, que havia recém-chegado ao Brasil, permitiu a guerra contra os
Botocudos na região do Rio Doce, que corta Minas Gerais e Espírito Santo. Questões: a) A vinda da família
real para o Brasil em 1808 foi um importante passo para a independência anos
depois e transformou a cidade do Rio de Janeiro, lugar que a família escolheu
para morar. Segundo o texto 1, quais foram as grandes inovações que a cidade
recebeu? b) Por que D João é
considerado um grande incentivador das artes e da cultura? c) Embora a corte
trouxesse para o Brasil muitas novidades, a situação dos negros e indígenas
mudou? Justifique sua resposta. d) Como era a situação
dos escravos nesse período? e) Qual o objetivo da
política criada em relação aos povos indígenas? f) Os dois textos
acima estão relacionados, um aponta o lado bom das mudanças no país e o outro
aponta a permanência de problemas. Identifique qual texto trata dos aspectos
positivos e qual trata dos negativos, retirando trechos do texto que
comprovem essas situações. |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 07/12 ATÉ 11/12
ESTA SEMAMA SERÁ DESTINADA PARA FAZER
ATIVIDADES ATRASADAS (DO BLOG DA ESCOLA OU DO CLASSROOM).
Observação importante:
As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega
deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), no
classroom e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Não
esqueça de se identificar com nome e serie! Entrega:
até 14/12 |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 30/11 ATÉ 04/12
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A
entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika),
ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me
entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e
serie! Entrega: até
07/12
Objetivo da aula: compreender o imperialismo e as suas consequências para territórios
como a África e a Ásia. O
texto e imagem dessa atividade estão disponíveis também no Caderno do Aluno,
volume 4, páginas 207 e 208.
Tema da aula: Imperialismo no século XIX
Texto: Consequências do
Imperialismo e sua dinâmica global Os europeus buscaram nos continentes africano e
asiático basicamente três coisas para a indústria europeia: mão de obra
barata; matéria prima e mercado consumidor, elementos ainda cobiçados por
nações estrangeiras. Na África, as principais riquezas exploradas foram:
ouro, diamante, carvão, ferro, estanho, zinco. A produção local foi
praticamente destruída, inclusive de alimentos, com a introdução de produtos
industrializados baratos, produzidos em série na Europa, o que provocou
consequências como a fome. As produções manufaturadas locais foram proibidas,
obrigando a importação de produtos europeus. O Imperialismo é o resultado do desenvolvimento do
capitalismo, que nasceu com as transformações causadas pela Revolução
Industrial. Entre os anos de 1884 e 1914, a atuação do Imperialismo europeu
na África e na Ásia foi extremamente forte submetendo povos à exploração
segundo os interesses das potências industriais. A presença dos colonizadores nesses continentes
estendeu-se até 1960. No caso da África, o imperialismo europeu deixou marcas
profundas, cujos impactos sociais e econômicos ainda hoje são sentidos. A
demarcação de fronteiras artificiais geraram tensões diversas entre as nações
deste continente como as disputas étnicas muitas das quais insufladas por
nações europeias. Foi o caso, de Ruanda, que já havia sido parte do Congo
Belga e que, em1994, vivenciou o genocídio com a morte de cerca de 800 mil
pessoas da etnia Tutsis. Outro caso a ser considerado aconteceu no Estado
Livre do Congo, propriedade particular do rei Leopoldo II, da Bélgica entre
os anos 1895 e 1908, quando 10 milhões de congoleses foram assassinados ou
mutilados como punição por não atingirem a cota de produção exigida pelo rei
belga.
Fonte: Por
quase duzentos anos (entre 1773 e 1947) o subcontinente indiano foi domínio
colonial do Império Britânico incluindo os atuais territórios da Índia,
Paquistão, Bangladesh e Myanmar. Na foto, britânicos em riquixós, meio de
transporte da elite, puxados por indianos, em Agra, Índia, 1902.
Atividade: a) Segundo o texto, o
que buscavam os europeus no continente africano? E quais as principais
riquezas exploradas nesse continente? b) O que ocorreu com
as produções locais do continente africano com a chegada das potências
europeias imperialistas? c) Até quando
estiveram presentes os colonizadores em territórios como o da África e que
consequências isso acarretou ao continente? d) Observe a imagem,
leia a legenda e registre as informações que você conseguiu extrair delas, a
respeito da presença dos britânicos na Índia. |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 20/11 ATÉ 27/11
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A
entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika),
ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me
entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e
serie! Entrega: até
30/11
Objetivo da aula: reconhecer a importância dos documentos oficiais para compreender o
destino das populações indígenas no Brasil imperial e as consequências dessa
política. Os
textos desta aula estão disponíveis também no Caderno do Aluno, volume 4,
páginas 203, 204 e 205.
Tema da aula: Os indígenas no Império
As leis do Império limitaram os direitos dos povos
indígenas às suas terras, apressando a tomada desses territórios. Assim, é
possível entender por que a Constituição de 1824 (Brasil Império) e a de 1891
(Brasil República) ignoraram os direitos indígenas no território brasileiro.
Assim sendo, leia as fontes abaixo e responda às questões.
Fonte 1 – Decreto N. 426 –
de 24 de julho de 1845 Contém o Regulamento acerca das Missões de catequese, e
civilização dos Índios. Hei por bem, Tendo ouvido o Meu Conselho de Estado,
mandar que se observe o Regulamento seguinte: Art. 1º Haverá em todas as Províncias um Diretor Geral
de Índios, que será de nomeação do Imperador. Compete-lhe: § 1º Examinar o estado, em que se acham as aldeias
atualmente estabelecidos; as ocupações habituais dos índios, que nelas se
conservam; suas inclinações e propensões; seu desenvolvimento industrial; sua
população, assim originária, como mística; e as causas, que tem influído em
seus progressos, ou em sua decadência. § 2º Indagar os recursos que oferecem para a lavoura e
comércio, os lugares em que estão colocadas as aldeias e informar ao Governo
Imperial sobre a conveniência de sua conservação, remoção ou reunião de duas,
ou mais, em uma só. § 7º Inquerir onde há Índios que vivam em hordas
errantes; seus costumes, e línguas; e mandar Missionários, que solicitará do
Presidente da Província, quando já não estejam à sua disposição, os quais
lhes vão pregar a Religião de Jesus Cristo e as vantagens da vida social. (Fonte: Senado. Decreto
no. 426 de 24/07/1845.)
Fonte 2 – Lei n° 601, de
18 de setembro de 1850 Dispõe sobre as terras devolutas do Império. Dispõe sobre as terras devolutas no Império, e acerca
das que são possuídas por título de sesmaria sem preenchimento das condições
legais, bem como por simples título de posse mansa e pacífica; e determina
que, medidas e demarcadas as primeiras, sejam elas cedidas a título oneroso,
assim para empresas particulares, como para o estabelecimento de colonias de
nacionais e de estrangeiros, autorizado o Governo a promover a colonização
estrangeira na forma que se declara. D. Pedro II, por Graça de Deus e Unanime Aclamação dos
Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo do Brasil: Fazemos saber
a todos os Nossos Súbditos, que a Assembleia Geral Decretou, e Nós queremos a
Lei seguinte: Art. 1º Ficam proibidas as aquisições de terras
devolutas por outro título que não seja o de compra. Art. 3º São terras devolutas: § 1º As que não se acharem aplicadas a algum uso
público nacional, provincial, ou municipal. § 2º As que não se acharem no domínio particular por
qualquer título legitimo, nem forem havidas por sesmarias e outras concessões
do Governo Geral ou Provincial, não incursas em comisso por falta do
cumprimento das condições de medição, confirmação e cultura. (Fonte: Senado. Lei Nº
601, de 18/07/1850.)
Texto: O que é genocídio? O conceito de genocídio surgiu em 1944 e foi definido
por Raphael Lemkin e, em 1948, ele foi legitimado, isto é, apadrinhado pelas
Nações Unidas. O estudioso Lemkin criou o conceito de genocídio para
designar os crimes que têm por objetivo o extermínio de grupos nacionais,
étnicos, raciais e/ou religiosos. As Nações Unidas considerou o genocídio como todo ato
“cometido com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo
nacional, étnico, racial ou grupo religioso, tais como: assassinato de
membros do grupo; causar sérios danos físicos ou mentais a membros do grupo;
sujeição intencional do grupo a condições de existência que acarretarão a sua
destruição física, total ou parcial; imposição de medidas destinadas a
impedir nascimentos dentro do grupo; transferência forçada de crianças do
grupo para outro grupo”. Para alguns estudiosos e historiadores, a colonização
das Américas deve ser tratada como genocídio, uma vez que a exploração
sistemática, a remoção e a destruição de grupos étnicos foram realizadas pela
violência direta de colonizadores além da transmissão de doenças que causou o
declínio em massa de alguns grupos étnicos. (Fonte: Caderno do aluno,
volume 4, página 205)
Atividade: a) A partir da
leitura dos dois documentos (fontes 1 e 2), porque essas leis não
beneficiavam os povos indígenas? Justifique sua resposta com trechos tirados
dos documentos. b) E hoje, como você
acha que são vistos os direitos dos indígenas em relação à terra? c) Segundo o texto, o
que é genocídio? d) Os indígenas
brasileiros passaram a ser protegidos por lei a partir de 1973, pela Lei nº
6.001, que regula a situação jurídica dos mesmos e das comunidades indígenas,
com o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressivamente e
de maneira harmoniosa em todo o território nacional. Sendo assim, reflita e
responda: por que a necessidade de uma lei como essa? e) Apesar da
existência de lei que proteja os povos indígenas, você acha que essa proteção
acontece em todo o Brasil? E o que você acha que deveria ser feito para que
os povos indígenas tenham suas terras e culturas preservadas? |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 16/11 ATÉ 20/11
PREZADO ALUNO,
-Assista ao vídeo para esclarecer suas dúvidas: |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 09/11 ATÉ 13/11
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A
entrega deve ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika),
ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me
entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça de se identificar com nome e
serie! Entrega: até
16/11
Objetivo da aula: conhecer a importância dos quilombos como forma de resistência à
escravidão no Brasil.
Tema
da aula: Movimentos de resistência: os quilombos
Texto 1: Movimentos de
Resistência No Brasil e nas demais colônias das Américas em que
existiu a escravização, ela não foi aceita passivamente pelos escravizados e
alforriados. A história da escravidão nas Américas foi assinalada por
resistência ativa desses homens e mulheres que aqui se tornaram escravizados
e que expressaram sua indignação de diferentes formas, seja pela dança,
cantos, religião, seja por reações diretas, como ataques aos seus senhores,
boicote à produção, fugas, luta em defesa das famílias que constituíram
dentro das senzalas, além da formação de numerosos quilombos em quase todo
Brasil. (Caderno
do aluno volume 4, página 201.)
Texto 2: Os Quilombos Os escravizados africanos da América Portuguesa (século
XV-XIX) sofriam maus tratos nas mãos de seus senhores e viviam em péssimas
condições. Porém, suas vontades foram demonstradas das mais variadas formas,
pois ser escravo naquele período era sobretudo resistir. Formas de
resistências pacíficas ou agressivas revelavam que os escravizados povoaram o
seu cotidiano de táticas que visavam a sua sobrevivência. As fugas poderiam
ser individuais ou em massa e deram origem aos mocambos ou quilombos. O termo “mocambo” significa “esconderijo”, já o termo
“quilombo” é originário da língua banto, kilombo, e
significa povoação ou fortaleza. Porém aqui no Brasil esse termo significou
muito mais que o sentindo dado pela língua africana, significando um espaço
de resistência, luta e liberdade para os africanos e afrodescendentes. A formação dos quilombos no período se constitui para
além do sentindo de refúgio improvisado dos ex-escravos. Os quilombos
tornaram-se uma nova possibilidade de vivencia na ordem escravista, pois
conciliavam dentro de um novo espaço político resistência e negociação,
rejeição e convivência, sendo assim, perigoso aos olhos dos senhores. Os
quilombos não eram lugares isolados da sociedade colonial, pois mantinham
vínculos com os mais diversos setores tais como: relações comerciais; redes
para obtenção de informações; laços afetivos e amorosos. Em todo território brasileiro houve a presença de
quilombos, e cada um tem a sua própria história. O mais famoso deles era o de
Palmares. Este quilombo foi formado por escravizados de uma fazenda de açúcar
em Pernambuco, que subiram a serra da Barriga, já no estado atual de Alagoas,
por volta de 1597. Seu nome vem das palmeiras abundantes na região, que
usavam para construir suas casas e extrair o palmito. Os primeiros habitantes
eram provenientes das regiões onde hoje ficam Angola e Congo, porém ao longo
dos anos formaram uma nação multiétnica que contava com indígenas e europeus.
No auge Palmares chegou a abrigar 20 mil habitantes, fato que chamou a
atenção das autoridades coloniais que submeteu a vários ataques, gerando a
Guerra dos Palmares, que foi liderada por Zumbi dos Palmares contra
as autoridades coloniais até 1694 quando foram derrotados. Os quilombos são símbolos até hoje nas lutas por
inclusão social dos negros no Brasil, pois mostra que os africanos foram
vítimas de um sistema escravista mas não se acomodaram ao regime imposto,
pelo contrário, lutaram por sua liberdade. (Adaptado de: SCHWARCZ,
Lilia & STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia.)
Fonte 1: Artigo 68 da
Constituição Federal de 1988. Aos remanescentes das comunidades de quilombos que
estejam ocupando suas terras, é reconhecida a propriedade definitiva, devendo
o Estado emitir-lhes títulos respectivos. (Art. 68 / ADCT /CF 1988).
Fonte 2: Mapa das terras
quilombolas.
92,5% das 214.000 famílias quilombolas que se
estima existirem no Brasil permanecem na insegurança e vulneráveis às
disputas e conflitos agrários enquanto aguardam a regularização de suas
terras. Atividade:
segundo os textos e fontes acima, responda: a) Segundo o texto 1,
como eram as formas encontradas pelos escravizados para expressarem suas
indignações? b) O texto 2 explica
o que eram os quilombos. Descreva algumas características do Quilombo de
Palmares, o mais conhecido da nossa história. c) O que o artigo 68
da Constituição diz à respeito dos atuais moradores de regiões onde foram
antigos quilombos? d) O que o mapa nos
diz sobre a regularização das terras quilombolas? e) As origens do Dia
da Consciência Negra está relacionada aos esforços dos movimentos sociais
para evidenciar as desigualdades históricas que afligem principalmente a
população negra no Brasil. A data é comemorada em 20 de novembro para
coincidir com o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695), líder do Quilombo
dos Palmares, no período colonial brasileiro. Qual a sua opinião sobre a
importância de uma data como essa? |
ATIVIDADES DA
SEMANA DE 03/11 ATÉ 06/11
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
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particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça
de se identificar com nome e serie! Entrega: até 09/11
Objetivo da aula: estudará a relação das medidas pós-abolição
no Brasil, as políticas de branqueamento racial e sua relação com o
imperialismo e a partilha da África e Ásia, e a maneira como essas concepções
estão presentes na sociedade contemporânea, fazendo do combate ao racismo um
desafio ainda maior.
Tema
da aula: A teoria do Darwinismo Social
Texto
1: Darwinismo Social
Polêmicas à parte, Darwin
difundiu a ideia de que as espécies se transformavam a partir de uma seleção
natural, na qual adquiriam características mais adaptadas a um determinado
ambiente e tornavam-se predominantes, perpetuando essas transformações através
da reprodução em seus descendentes. Em contrapartida, os seres vivos que não
apresentavam as mesmas capacidades adaptativas, acabavam entrando em
extinção. Com o passar do tempo, as
noções trabalhadas por Darwin não se restringiram apenas ao campo das ciências
biológicas. Diversos pensadores começaram a aplicar as teorias de Darwin para
buscar compreender e analisar o desenvolvimento das civilizações e das demais
práticas sociais. Essa transposição dos
estudos biológicos de Darwin para a análise sociológica dos seres humanos foi
chamada de “darwinismo social”. A partir dessa interpretação, desenvolveu-se
a ideia de que algumas sociedades e civilizações possuíam valores que as
colocavam em condição de superioridade às demais. Devemos ressaltar que o
darwinismo social disseminou e fortaleceu enormes equívocos e preconceitos,
uma vez que, Darwin ao falar da evolução das espécies, não trabalhou com os
conceitos de superioridade ou inferioridade. Porém, os pensadores
“darwinistas sociais” deram à cultura e à tecnologia europeia status de
superioridade em relação a outros povos, como os da África e da Ásia, visto
sob esse prisma como “inferiores”. (Caderno do aluno, volume 4, página 198.)
Atividade
1: Leia o texto acima para responder: a) O
que defende a ideia de seleção natural, criada por Darwin para estudos da
biologia? b) A
teoria de Darwin, quando passou a ser usada para explicar também os seres
humanos passou a se chamar “darwinismo social”. Como as sociedades passaram a
ser explicadas, desde então? c)
Por que essa teoria é vista como cheia de equívocos e preconceitos?
Texto
2: As diversas teorias do
darwinismo social serviram de coluna de sustentação para que as grandes
potências capitalistas desse período justificassem a exploração de suas
colônias na África e na Ásia. O colonialismo ou neocolonialismo estendeu-se
de meados do século XIX até 1960 e foi considerado pelas potências
industriais como uma “missão civilizadora”, que levaria o “progresso” para
esses locais e suas populações com o objetivo de tirá-las do estado de
“ignorância” e “atrasado” em que viviam. (Caderno
do aluno, volume 4, página 200)
Fonte
1:
Atividade
2: Leia o texto 2 e observe com atenção a charge acima
para responder: a)
Existe relação entre o texto e a imagem? Justifique sua resposta. b)
Uma das justificativas das grandes potências econômicas da época era levar a
civilização, o progresso e a modernidade aos povos africanos e asiáticos. Em
relação a esse discurso, o que fica evidenciado na imagem?
|
ATIVIDADES DA
SEMANA DE 26/10 ATÉ 30/10
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça
de se identificar com nome e serie! Entrega: até 03/11
Objetivo da aula: estudará a relação das medidas pós-abolição
no Brasil, as políticas de branqueamento racial e sua relação com o
imperialismo e a partilha da África e Ásia, e a maneira como essas concepções
estão presentes na sociedade contemporânea, fazendo do combate ao racismo um
desafio ainda maior. As imagens
dessa atividades estão disponíveis também no caderno do aluno, volume 4,
páginas 195 a 197.
Tema da aula: Os discursos civilizatórios do
século XIX Somos diariamente cercados
por imagens produzidas por nós e pelos outros de caráter informativo e muito
fáceis de serem identificadas ou reconhecidas. Cada imagem possui uma
representação a qual interpretamos a partir de nossas referências culturais
ou de influência de nossas visões sobre determinados aspectos econômicos e
fatos históricos. Observe as imagens abaixo para realizar a
atividade proposta. (Carlota
Joaquina de Bourbon com 10 anos de idade, em 1785, por Mariano Maella.) (Índia
Tupi, por Albert Eckhout, 1641)
(Elevação
da Cruz em Porto Seguro (BA), de Pedro José Pinto Peres, 1879.)
a)
Qual é a sua interpretação de cada uma das imagens acima? Observe-as e
registre o que você observa em cada uma delas. b)
As imagens possuem o poder de influenciar escolhas, comportamentos e de
formar opiniões. Em sua opinião, quais aspectos os autores de cada uma dessas
obras queriam demonstrar com essas imagens?
Fonte
1: Texto jornalístico O quadro “A redenção de
Cam”, de Modesto Broco, foi analisado por Tatiana Lotierzo em sua pesquisa de
mestrado. O mito bíblico da maldição
lançada por Noé sobre seu filho Cam (condenando toda a descendência deste
último à escravidão; Gênesis, capítulo 9, versículos 18 a 27) foi utilizado
como justificativa para a escravização dos africanos pelos europeus,
empreendida pelo Império Português a partir do século XV. Com a abolição da
escravidão em 1888 e a proclamação da República no ano seguinte, a questão
sobre “o que fazer” com a população “negra” livre passou a preocupar e ocupar
as elites “brancas”. Diferentes teorias foram importadas e adaptadas. Uma delas foi a do “branqueamento”
ou “embranquecimento”. A ideia era a de que, por meio de sucessivos
casamentos inter-raciais, o fenótipo “negro” seria progressivamente apagado
e, ao longo de algumas poucas gerações, a população brasileira se tornaria
inteiramente “branca” (desconsiderados os povos indígenas, que seriam
eliminados, assimilados ou segregados nas periferias dos centros urbanos ou
no distante interior). Amparado na ideologia
cientificista do fim do século XIX e início do século XX, incorporando
elementos do evolucionismo darwinista e do darwinismo social, o
“branqueamento” assumiu ares de “teoria científica”. (...) A ideologia do
“branqueamento” também se expressou por meio da arte. E sua representação
mais icônica ocorreu no quadro A redenção de Cam, produzido em 1895
pelo pintor espanhol, radicado no Brasil, Modesto Brocos y Gómez. (...) (Fonte:
Livro publicado pela Edusp analisa exemplo de racismo na pintura. Jornal da
USP, 02/03/2018.)
Agora, observe o quadro citado no artigo
acima e responda: (“A redenção de Cam”, de Modesto
Broco,1895.)
a)
De acordo com a fonte o que era a teoria do “branqueamento” ou o
“embranquecimento”? b)
Esse pensamento que se baseou a teoria do “branqueamento” é uma das
explicações para a existência do racismo em nosso país. Escreva um pequeno
texto expondo sua opinião quanto à criação das teorias racistas e quais
medidas podem ajudar a combater o racismo hoje. |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 19/10 ATÉ 23/10
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serie! Entrega: até 26/10
Objetivo
da aula: compreender
a dinâmica social na substituição da mão de obra escravizada, pela mão de
obra dos imigrantes europeus. Identificar o contexto social político e
econômico desta nova lógica de trabalho.
Tema
da aula: Imigração no Brasil do século XIX
Texto: Os imigrantes no
Brasil Na segunda metade do século XIX, países como
Portugal e Espanha passavam por graves dificuldades econômicas. Nas áreas
rurais italianas e alemãs, o desenvolvimento do capitalismo, as secas e as
guerras de unificação expulsavam os camponeses de suas terras. Uma das saídas
encontradas pelas autoridades para minimizar as tensões sociais foi promover
a emigração da população empobrecida para a América. Quase 4 milhões de pessoas imigraram para o
Brasil com o sonho de conseguir um bom emprego, cultivar o próprio pedaço de
terra e assegurar aos filhos um futuro promissor. De 1850 a 1920, a imigração
foi essencialmente de origem europeia; entre 1920 e 1935, os asiáticos
predominaram. O incentivo à colonização europeia refletia a
visão de alguns setores das elites brasileiras, influenciadas por teorias
racistas que eram divulgadas na Europa. De acordo com essa visão, os brancos
eram superiores e, por isso, a civilização europeia atingira um grande
progresso. Consequentemente, com a vinda de imigrantes europeus para o
Brasil, haveria um “branqueamento” do país, que poderia finalmente se
desenvolver. Em geral, as primeiras tentativas de colonização fracassaram: as
terras cedidas aos colonos eram pobres e distantes dos mercados consumidores.
Com exceção de alguns núcleos de colonização no sul do país, a maior parte
das terras foi abandonada pelos colonos. (Livro
didático Araribá, página 224.)
Atividade: Leia
com atenção o texto acima para responder: 1) O
que acontecia na Europa no século XIX que proporcionava a opção da população
emigrar, ou seja, sair do continente europeu e vir para a América? 2)
Quais os sonhos que traziam os imigrantes ao virem para o Brasil? 3) O
texto fala de dois períodos de migração e os povos que vieram em sua maioria.
Que períodos são esses e que povos? 4) Por
que as elites brasileiras incentivavam a vinda de imigrantes europeus?
Leitura de imagens: Atividade:
As imagens acima são fotografias
que retratam etapas do processo de migração. Que informações elas podem nos
dar? Descreva cada uma delas.
Aula
do Centro de Mídias: |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 13/10 ATÉ 16/10
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça
de se identificar com nome e serie! Entrega: até 19/10
Objetivo da aula: Compreender como aconteceu o fim da
escravidão no Brasil, compreendendo que foi um processo lento, assim como as
consequências das declarações das leis abolicionistas.
Tema
da aula: As leis abolicionistas
Texto
1: Abolição lenta e gradual A partir da década de
1860, o movimento pela abolição ganhou força no país, principalmente depois
da Guerra do Paraguai, quando milhares de escravizados combateram nas
fileiras do Exército brasileiro. A grande influência dos
fazendeiros na Câmara, no Senado e no governo decidiu os rumos da abolição no
Brasil. Ela seria lenta, gradual e segura, ou seja, sem riscos para os
privilégios dos grupos dominantes. Acompanhe, a seguir, os passos da
legislação abolicionista no Brasil: ·
Lei Rio Branco (Lei do Ventre Livre –
1871): declarava livres os filhos de mulheres escravizadas
nascidos a partir dessa data. As crianças livres ficariam com suas mães até
os 8 anos de idade. Depois disso, os senhores poderiam receber uma
indenização do Estado ou exigir que os libertos trabalhassem para eles até
completarem 21 anos.
·
Lei Saraiva-Cotegipe (Lei dos
Sexagenários – 1885): libertava os escravos com mais de 60
anos e os obrigava, a título de indenização, a trabalhar para seus antigos
donos por três anos. Mesmo os proprietários que inicialmente se colocaram
contra a lei perceberam, depois de aprovada, as vantagens que ela lhes
trazia. Isso porque a expectativa média de vida de um escravo não chegava aos
40 anos, e os poucos que atingiam os 60 anos eram praticamente improdutivos,
tornando-se um “peso” para seus senhores.
Por volta de 1885, a
campanha abolicionista tornou-se mais intensa. Associações e clubes
voltaram-se contra a escravidão, fazendo propaganda e levantando fundos para
a compra de cartas de alforria. Intelectuais, jornalistas, advogados,
profissionais liberais e mesmo fazendeiros aderiam à causa abolicionista.
Texto
2: Antes e depois da abolição
Ao mesmo tempo que a
campanha abolicionista se intensificava, as fugas de escravos tornavam-se
mais frequentes. Ativistas, entre eles filhos da elite cafeeira, organizavam
grupos para ajudar escravos a fugir das fazendas, conduzindo-os a lugares
seguros, como a cidade de Santos. Nessa região, escravos fugidos formaram o
quilombo do Jabaquara, que chegou a reunir cerca de 10 mil pessoas. Muitos proprietários, sem
condições de impedir as fugas, passaram a libertar os escravos em troca de
sua permanência na lavoura por mais alguns anos. Diante dessa situação, em 13
de maio de 1888, a princesa Isabel, que substituía provisoriamente o pai, D.
Pedro II, no governo, assinou a Lei Áurea, abolindo a escravidão no
Brasil. A abolição não provocou o
colapso da produção agrícola, como temiam muitos cafeicultores. Os
ex-escravos não receberam nenhum tipo de indenização ou auxílio para
recomeçar a vida longe do cativeiro. Assim, grande parte deles continuou
trabalhando para seus ex-senhores, em uma situação de dependência semelhante
à da escravidão, em especial no nordeste do país. No Vale do Paraíba fluminense
e paulista, era comum encontrar libertos que estabeleceram regimes de
parceria com seus antigos donos, tornando-se pequenos sitiantes ou ainda
tocadores de gado. Muitos ex-escravos foram
trabalhar nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Para a monarquia, a
abolição causou a perda de uma importante força de sustentação política.
Setores agrários mais dependentes do trabalho escravo, em particular os
cafeicultores do Vale do Paraíba, sentiram-se traídos pelo governo, que
acabou com a escravidão sem um programa de indenização aos proprietários.
Após o dia 13 de maio, a monarquia estava com os dias contados no Brasil. (Textos extraídos do livro didático Projeto Araribá.)
Atividade:
Leia com atenção os textos acima para responder: 1)
Quais os nomes, as datas e as principais características das duas leis
abolicionistas citadas no texto 1? 2)
Que forma os escravos encontravam para saírem dessa condição de escravos?
Justifique sua resposta com um trecho do texto. 3)
Em 1888 foi assinada a Lei Áurea, que abolia a escravidão no Brasil. Segundo
o texto, o que aconteceu com a maioria dos ex-escravos? 4) O
que pensaram do fim da escravidão os homens do setor agrário, que utilizavam
da mão de obra escrava para obterem lucros? 5)
Durante muito tempo o Brasil adotou a escravidão como forma de trabalho.
Desde 1888, quando foi decretado o fim da escravidão se passaram quantos
anos? Você acha que ainda carregamos traços da escravidão nos dias de hoje?
Por quê?
Aula do Centro de Mídias: |
ATIVIDADES
DA SEMANA DE 28/09 ATÉ 02/10
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
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particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com). Não esqueça
de se identificar com nome e serie! Entrega: até 05/10
Objetivo
da aula: identificar as principais características
período imperial do Brasil, suas condições políticas e econômicas do Brasil
nesse período, assim como as questões que levaram a sua queda.
Tema
da aula: O Período Regencial e o Segundo Reinado
Embora não tenha
completado uma década, o Período Regencial registrou uma série de eventos
decisivos e momentos de tensão política. Segundo a Constituição vigente de
1824, a maioridade para a ocupação do cargo de imperador era 21 anos de
idade. Como D. Pedro II tinha apenas 5 anos e 4 meses de idade quando seu
pai, Pedro I, voltou para Portugal, a Constituição de 1824 determinava que
“Durante a sua menoridade, o Império será governado por uma Regência, a qual
pertencerá ao parente mais chegado ao Imperador, segundo a ordem de sucessão,
e que seja maior de vinte e cinco anos”. Assim, até D. Pedro II alcançar a
maioridade para assumir o cargo, houve quatro regências. O final desse período foi
marcado pelo Golpe da Maioridade, quando o Senado declarou D. Pedro I, com
apenas 15 anos, maior de idade, podendo assumir, portanto, o cargo de
imperador do Brasil. Durante essa fase, houve
diversas revoltas que ameaçaram a unidade territorial do Império, e ao mesmo
tempo, houve a estruturação das Forças Armadas para garantir a integridade do
território nacional. Durante a regência, dois
partidos políticos centralizaram as discussões: o Partido Liberal, fundado em
1831, e o Partido Conservador, fundado em 1836. Ambos os partidos
alternaram-se no poder durante a regência, ditando seus interesses.
(D. Pedro II pouco depois de completar
10 anos de idade. Taunay, 1837)
O Segundo Reinado foi o
período de maior estabilidade política do Brasil durante o Império. D. Pedro
II conseguiu manter o equilíbrio entre liberais e conservadores, além de
aparelhar as instituições públicas com aliados políticos. O Brasil começou a se
modernizar, havendo a construção de estradas de ferro, a introdução dos
telégrafos e de aparelhos telefônicos, o que, inclusive, deu certo
protagonismo mundial ao Brasil. Foi também o momento em que o Brasil começou
a se industrializar. Foi um momento também de
florescimento das artes, como literatura, teatro, arquitetura, artes visuais
e, até mesmo, a fotografia. Começou-se a pensar na imagem que o país queria
criar de si mesmo. Contudo, não tardaram
também de surgir momentos de crise e instabilidades profundas, que, ao final
do século, provocaram o fim do Período Imperial, com a Proclamação da
República, em 15 de novembro de 1989. Três questões marcaram a crise do
Império, a saber: 1) A questão escravocrata: A
campanha abolicionista, que se estendeu por um longo período até chegar
realmente à abolição (em 1888), gerou descontentamento nas elites econômicas,
que se sustentavam por meio do trabalho escravo. 2) A questão religiosa: os reis
ibéricos (de Portugal e Espanha) detinham o poder exclusivo de organizar e
administrar as atividades religiosas nos domínios de suas terras descobertas.
Assim, o monarca possuía um forte poder sobre as instituições religiosas. Mas
no Segundo Reinado, um acontecimento abalou as relações da Igreja com o
Imperador: os bispos de Olinda e Belém acataram as ordens do Papa Pio IX, sem
a aprovação régia, que proibiam o casamento de católicos e maçons e puniam os
seguidores que frequentassem maçonarias ou as apoiassem. D. Pedro II, embora
não tenha sido maçom, possuía laços com nomes importantes da maçonaria, além
de possuir simpatia pela instituição. 3) A questão militar: os militares,
após a Guerra do Paraguai (1864-1870), saíram fortalecidos e ocupando, cada
vez mais, espaços no debate político. Já o Império, além de ter-se desgastado
bastante durante o conflito, saiu extremamente endividado, sobretudo com a
Inglaterra. Após o término da guerra em 1870, os familiares dos militares
mortos ou mutilados deveriam receber assistência custeada pelo Império.
Contudo, ainda em 1883, esse direito não havia sido pago. Isso ocasionou uma
série de embates entre o Exército e a monarquia. O desfecho dessa situação
ocorreu com militares influentes aderindo à campanha republicana,
representada por nomes civis de prestígio, como Benjamin Constant, Rui
Barbosa, Quintino Bocaiuva, entre outros. Assim, em 15 de novembro de 1889,
o marechal Deodoro da Fonseca depôs a monarquia e proclamou a
república no Brasil, colocando fim ao período imperial.
Atividade:
1) O
que determinava a Constituição de 1824, quando D Pedro I voltou para Portugal
e deixou no Brasil seu filho D Pedro II, com 5 anos de idade? 2) O
fim do Período Regencial foi marcado por um golpe. O que significou esse evento? 3) O
Segundo Reinado está ligado a uma certa modernização do Brasil. Segundo o
texto, o que marcou essa modernidade? 4) O
fim do período imperial do Brasil foi marcado por várias crises. Cite as três
mais importantes descritas no texto e o que elas significavam, resumidamente. 5)
Por fim, qual foi o desfecho para essa crise?
Aula do CMSP sobre o Segundo Reinado:
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ATIVIDADES PARA A SEMANA DE 21/09 ATÉ 25/09
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A
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serie! Entrega: até
28/09
Objetivo da aula:
identificar as principais características período imperial do Brasil, suas
condições políticas e econômicas do Brasil nesse período, assim como as
questões que levaram a sua queda.
Tema da aula: O Brasil
Império
Em primeiro lugar, devemos
observar que o Brasil, diferentemente das outras colônias aqui da América,
quando se proclamou independente adotou a forma de regime monárquico,
principalmente devido a presença da corte portuguesa aqui, o que também levou
a conservação da unidade do território, coisa que não aconteceu com o resto
da América Latina, que se dividiu em vários países com regimes republicanos
quando se libertaram da Espanha.
Primeiro Reinado
(1822-1831)
Mesmo
após a permanência de D. Pedro I e a instauração de uma monarquia
independente nos trópicos, o início do período imperial foi bastante
conturbado, acumulando diversas crises. O imperador, apesar de ter proclamado
a independência do Brasil, ainda buscava assegurar os interesses de Portugal
ao mesmo tempo em que precisava conter a fragmentação de seu território. Havia,
no Brasil, grupos mais conservadores e outros de inclinação mais liberal. Temas
como o abolicionismo, mais liberdade para negociar produtos livremente, entre
outros, despertavam reações calorosas nos debates. No
início de 1823, D. Pedro I deu início à formação de uma Assembleia
Constituinte para a elaboração de uma Constituição para o país. A Assembleia
chegou a ser dissolvida por D. Pedro I, em novembro de 1823, por não
concordar com os termos que limitavam seus poderes. Esse episódio ficou
conhecido como Noite da Agonia. A versão final da Constituição de 1824 foi
outorgada no dia 24 de março e possuía um caráter centralizador, dando,
inclusive, poderes “sagrados” ao imperador. Nesse
contexto, no Nordeste do país, mais especificamente na Província de
Pernambuco, iniciou-se um movimento revoltoso exigindo mais autonomia em
relação ao Império. A revolta acabou espalhando-se por outras províncias da
região, como Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, formando a Confederação do
Equador. O
movimento foi severamente reprimido pelo governo, e a Província de Pernambuco
acabou, inclusive, perdendo parte do seu território para a Província da
Bahia. Os líderes da rebelião foram enforcados ou fuzilados, como Frei Caneca
(1779-1825), e outros foram aprisionados, como Cipriano Barata (1762-1838).
Com isso, no Nordeste, onde a popularidade de D. Pedro I já não era das
melhores, sua figura passou a ser questionada cada vez mais. Logo
em seguida, o Brasil envolveu-se em um conflito internacional, a Guerra da
Cisplatina (1825-1828), na tentativa de evitar a anexação da Cisplatina,
atual Uruguai, às Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina. Nessa
guerra, o Império acumulou uma série de derrotas, além de contrair dívidas,
minando ainda mais a popularidade do imperador. Como resolução do conflito,
ambas as partes concordaram em abrir mão do território, reconhecendo, então,
em 1828, a independência da República Oriental do Uruguai. Durante
as crises do Primeiro Reinado, o Partido Brasileiro (estabelecido
informalmente após a vinda da família real portuguesa para o Brasil e
composto por comerciantes, latifundiários e proprietários de escravos que
lutavam pelos interesses do território americano) passou a ocupar um papel de
oposição a D. Pedro I, ao passo que o Partido Português ofereceu apoio ao
imperador. Após
inúmeros desgastes, os portugueses organizaram uma recepção ao Imperador no
dia 13 de março de 1831, mas foram surpreendidos por pedras e garrafas
arremessadas por brasileiros. Esse episódio ficou conhecido como Noite das
Garrafadas. Nessa
época, Portugal vivia também uma profunda crise após a morte de D. João VI,
pai de D. Pedro I, em razão da sucessão do trono português. Todo esse cenário
resultou, em 7 de abril de 1831, na abdicação de D. Pedro I ao trono
brasileiro. O imperador decidiu voltar para Portugal, deixando seu filho, de
apenas 5 anos, como sucessor do Império do Brasil.
Atividade:
Responda as questões segundo o texto: 1) Quais eram os
temas que despertavam maiores discussões durante o Primeiro Reinado? 2) Por que a
Assembleia Constituinte foi dissolvida? E qual a característica principal da
Constituição de 1824? 3) Qual foi uma das
consequências pela insatisfação das províncias ao governo do imperador D.
Pedro I? 4) Nesse momento o
Brasil também entrou em um conflito internacional. Que conflito foi esse e
qual sua causa principal? 5) Que acontecimentos
marcaram o fim do Primeiro Reinado?
Aula
do CMSP para ajudá-los a compreender esse período da História do Brasil:
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Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno
e enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
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classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
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serie!
Entrega:
até 21/09
Objetivo:
As questões a seguir tem como objetivo aprofundar os conhecimentos e são
referentes aos temas estudados ao longo deste ano. Elas abarcam, portanto,
desde a Revolução Industrial, a Revolução Francesa, o processo de
independência do Brasil e o período monárquico. Leiam com atenção e marquem
as alternativas que julgarem corretas.
1.
Leia o texto para responder:
“A máquina a vapor,
tornando possível o uso da energia em todos os artifícios mecânicos, em
quantidades maiores do que qualquer outra coisa conseguiria realizar no
passado, foi a chave para tudo o que ocorreu em seguida, sob o nome de
Revolução Industrial. A face do mundo mudou mais drasticamente (e mais
rapidamente) do que em qualquer outra época desde a invenção da agricultura,
cerca de 10 mil anos antes.”
(ASIMOV, I. Cronologia das Ciências e das Descobertas.)
a) O
autor acentua o caráter prejudicial da máquina a vapor para a agricultura.
b)
Segundo o texto, a máquina a vapor foi decisiva para o advento da Revolução
Industrial, já que este foi o primeiro dispositivo tecnológico que realizou
uma transformação profunda no âmbito da produção.
c) O
autor aponta o caráter negativo da mudança drástica e rápida que a Revolução
Industrial provocou no mundo contemporâneo.
d)
Segundo o texto, a máquina a vapor era eficiente porque funcionava à base de
eletricidade.
2. O
novo processo de produção introduzido com a Revolução Industrial, no século
XVIII, caracterizou-se pela:
a)
implantação da indústria doméstica rural em substituição às oficinas.
b)
realização da produção em grandes unidades fabris e intensa divisão do
trabalho.
c)
mecanização da produção agrícola e consequente fixação do homem à terra.
d)
facilidade na compra de máquinas pelos artesãos que conseguiam financiamento
para isso.
3. A
industrialização das cidades altera a sua paisagem. Dentre os problemas que
surgem disso, podemos mencionar:
a)
fuga de mão de obra.
b)
escassez de alimentos.
c)
poluição.
d)
concentração de renda.
4.
Grande parte dos acontecimentos e das grandes decisões tomadas durante a
Revolução Francesa foram realizados pelo povo, a massa formada principalmente
de camponeses. Além do povo, outra classe que teve grande peso com o
deflagrar da Revolução e sua condução foi:
a) a
burguesia.
b) a
nobreza.
c) o
clero.
d)
os vassalos.
5.
Sobre o processo revolucionário francês, iniciado em 1789, é correto afirmar
que:
a)
Foi um movimento conservador liderado pela aristocracia francesa, temerosa da
ascensão das massas, principalmente parisienses.
b)
Foi o movimento revolucionário que levou à universalização dos conceitos de
"liberdade, igualdade e fraternidade".
c)
Foi um movimento de inspiração socialista.
d)
Levou a um aumento do poder real, inspirando o surgimento de teóricos do
absolutismo.
6.
Em minha passagem de bonde por várias ruas da cidade, e de carro por outras,
notei desde logo a profunda diferença que ela apresenta em relação ao tempo
de minha residência aqui: o seu aspecto é sem dúvida bem outro. O que, porém,
mais atraiu minha atenção foi o movimento e a animação, a vida da cidade,
fato inteiramente novo para mim; quando daqui retirei-me, as ruas eram pouco
frequentadas, salvo nos dias de festas; as famílias só saíam a visitas, e com
o chefe da casa ao lado; não havia em geral hábitos de passeios, nem por
diversão ao espírito, nem por necessidade higiênica.
As transformações urbanas
ocorridas nas principais cidades brasileiras, sobretudo, no Rio de Janeiro
nas primeiras décadas do século XIX, foram reflexos:
a)
da transferência da Corte para o Brasil em 1808.
b)
Da vinda da missão cultural francesa ao Brasil no ano de 1816.
c)
Da elevação do Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves.
d)
Da transferência da Capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
7.
Um dos fatos que fizeram o processo de independência do Brasil ser diferente
das demais nações da América hispânica foi:
a) A
vinda Família Real portuguesa para o Brasil.
b)
As guerras napoleônicas na Europa.
c)
As ideias iluministas surgidas na França.
d) A
crise do sistema colonial.
8.
Leia abaixo um trecho de uma entrevista de Abdias do Nascimento, escritor,
político e militante do movimento negro:
“Os cultos
afro-brasileiros eram uma questão de polícia. Dava cadeia. Até hoje, nos
museus da polícia do Rio de Janeiro ou da Bahia, podemos encontrar artefatos
cultuais retidos. São peças que provavam a suposta delinquência ou
anormalidade mental da comunidade negra. Na Bahia, o Instituto Nina Rodrigues
mostra exatamente isso: que o negro era um camarada doente da cabeça por ter
sua própria crença, seus próprios valores, sua liturgia e seu culto. Eles não
podiam aceitar isso.”
(Retirado
do Portal Afro)
A partir do trecho acima citado, é possível
afirmar que:
a)
apesar da escravidão a que estavam sujeitos, os africanos sempre tiveram
autonomia para praticar seus cultos religiosos.
b)
ao chegarem ao Brasil e passarem a conviver com os europeus, os africanos
escravizados foram paulatinamente perdendo seus traços culturais originais,
adotando ao final integralmente a cultura europeia.
c)
mesmo com todo o tipo de repressão a que estavam sujeitos, os africanos
escravizados ainda buscaram manter vivas suas tradições culturais religiosas.
d)
Nina Rodrigues e seus seguidores estavam certos ao afirmarem que os africanos
eram degenerados por não aceitarem a cultura europeia como superior às suas.
9.
Os escravos realizavam diversas formas de resistência à escravidão. Marque a
alternativa que apresenta uma dessas formas de resistência.
a)
Greves.
b)
Manifestações em ruas.
c)
Formação de quilombos.
d)
Formação de sindicatos.
10.
Sobre a Revolta dos Malês, ocorrida na Bahia, em 1835, é correto afirmar que:
a)
Tratou-se de um levante, concebido pelos indígenas, os chamados malês,
visando libertarem-se da opressão dos brancos.
b)
Foi uma importante revolta organizada pelos africanos de religião muçulmana,
os chamados malês, que visavam à libertação dos escravos.
c)
Tratou-se de uma revolta da pequena burguesia local contra o governo
regencial, visando à independência de Salvador, à semelhança de Canudos.
d) Foi um
significativo levante concebido pelos crioulos, que ocupavam postos na guarda
nacional, visando à independência do recôncavo baiano
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Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
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Entrega: até 14/09
Tema
da aula: A Guerra do Paraguai
A Guerra do Paraguai, o
maior conflito da história da América do Sul, aconteceu entre 1864 e 1870 e
envolveu Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai. Foi responsável pela
morte de milhares de pessoas e pela destruição do Paraguai. Além disso, gerou
efeitos extremamente negativos para a economia brasileira e marcou o início
da decadência da monarquia no Brasil.
Primeiramente, devem ser
destacadas as disputas territoriais que existiam na segunda metade do século
XIX. Os paraguaios tinham demandas de fronteiras com Brasil e com a
Argentina, o que tornava a relação do Paraguai com esses dois países
conturbada.
A diplomacia entre as
nações platinas agravou-se com os acontecimentos da década de 1860. Quando
assumiu a presidência do Paraguai, Francisco Solano López procurou estreitar
laços com as províncias argentinas de Corrientes e Entre Ríos. Essas duas
províncias, chamadas de federalistas, eram rebeldes e lutavam contra o
governo de Buenos Aires.
Naquele momento, em
virtude da citada aliança com os federalistas, não havia um bom
relacionamento entre Paraguai e Argentina. A relação do Paraguai com o
Brasil, também conturbada em decorrência de disputas de fronteiras (os
paraguaios reivindicavam terras que correspondiam ao Mato Grosso) e de
disputas relacionadas à navegação no rio Paraguai, agravou-se de vez com a
Guerra Civil Uruguaia. Nessa guerra, os blancos lutavam contra os colorados,
partido que se rebelou para alcançar o poder no Uruguai.
Em 1863, o Brasil resolveu
intervir militarmente contra os blancos (aliados do Paraguai). A intervenção
brasileira aconteceu sob o argumento de supostamente defender os interesses
dos cidadãos brasileiros que moravam no Uruguai, que estavam sendo
prejudicados com o conflito. Solano López, por sua vez, foi convencido que a
atuação brasileira tratava-se de um movimento imperialista que, futuramente,
poderia voltar-se contra o Uruguai.
O resultado da intervenção
brasileira foi a pior possível para o Paraguai. Os blancos foram destituídos
do poder e Venancio Flores, líder do partido colorado, assumiu a presidência.
Antes disso, em agosto de 1864, os paraguaios haviam dado um ultimato ao
governo brasileiro para que desse fim à intervenção no Uruguai. O governo
brasileiro, no entanto, ignorou essa ordem paraguaia.
Com isso, em represália à
invasão do Uruguai, os paraguaios lançaram um ataque contra o Brasil em 1864,
iniciando, assim, a guerra. Nesse momento, uma embarcação brasileira –
Marquês de Olinda – foi aprisionada e tropas paraguaias invadiram o Mato
Grosso. A entrada da Argentina na guerra aconteceu com a invasão de tropas
paraguaias ao território argentino sem autorização do presidente Bartolomé
Mitre.
Quando tudo isso
aconteceu, Brasil, Argentina e Uruguai (colorados) reuniram-se em Buenos
Aires e assinaram o Tratado da Tríplice Aliança. O objetivo dos três países
era derrubar o presidente do Paraguai, Francisco Solano López.
Todos os países que se
envolveram com a Guerra do Paraguai imaginavam que o conflito seria resolvido
rapidamente. Diferentemente do que pensavam, a Guerra do Paraguai estendeu-se
por anos e transformou-se em um conflito desgastante e oneroso para todos os
envolvidos. O resultado de quase seis anos de conflito foram inúmeras
batalhas, das quais se destacam:
. Batalha Naval de Riachuelo (1865);
. Batalha de Curupaiti (1866);
. Batalhas de Tuiuti (1866);
. Tomada de Humaitá (1868);
. Invasão de Assunção (1869);
. Batalha de Cerro Corá (1870).
A Guerra do Paraguai
estendeu-se por quase seis anos. O conflito foi encerrado em 1870, quando
Francisco Solano López foi morto durante a Batalha de Cerro Corá. O resultado
da guerra para o Paraguai foi desastroso. A infraestrutura e a economia do
país foram completamente destruídas, uma vez que o conflito aconteceu,
praticamente, somente em território paraguaio.
Além disso, a longa
duração da guerra e o autoritarismo de Francisco Solano López fizeram com uma
parte considerável da população paraguaia, inclusive crianças, fossem
enviadas para a guerra. O saldo foi um número de mortos que gera polêmica até
hoje, passados mais de 150 anos do conflito. O único consenso existente é que
o conflito contribuiu para a morte de grande parte da população masculina do
país.
No caso do Brasil, a
guerra também foi desastrosa, uma vez que os gastos durante a luta foram
altíssimos e contribuíram para arrastar a economia brasileira para uma forte
crise. A Guerra do Paraguai também foi um marco para a monarquia brasileira,
uma vez que deu início à sua decadência. O resultado, como a história nos
conta, foi o fim da monarquia no Brasil em 1889.
Para argentinos e
uruguaios, a guerra, apesar dos pesares, trouxe um saldo positivo. Os
conflitos internos existentes em ambos os países tiveram fim, e as duas
nações consolidaram-se. No caso argentino, a guerra foi particularmente boa
para os comerciantes portenhos (de Buenos Aires), que prosperaram bastante em
virtude da proximidade de Buenos Aires com a frente de batalha.
(Batalha Naval do Riachuelo, de Victor
Meirelles)
1)
Quando ocorreu e quais países se envolveram na Guerra do Paraguai?
2)
Copie um trecho do texto que mostre algum tipo de disputa entre esses países
e que levou ao acontecimento da Guerra do Paraguai.
3)
Essa guerra compreendeu diversas batalhas, tais como as registradas no texto.
Observe os dois quadros pintados sobre duas dessas batalhas e descreva o que
você observa em cada um deles.
4)
Quantos anos durou a Guerra do Paraguai? Que acontecimento marcou o seu fim?
5)
Porque as consequências dessa guerra foram desastrosas?
6)
Qual foram os efeitos dessa guerra para a economia e a política do Brasil?
Aula do CMSP sobre a Guerra do Paraguai:
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Entrega: até 08/09
Tema da aula: Movimentos de contestação do
poder – A revolta dos Malês
Objetivo da aula: compreender os movimentos de contestação do
poder após a Independência do Brasil, assim como os grupos sociais envolvidos
e as transformações e permanências desse período da nossa história,
considerando as diversidades política, social e regional nas
rebeliões e nos movimentos contestatórios ao poder centralizado.
Texto
1: As Rebeliões Regenciais
A Instabilidade política do
período regencial fez com que eclodissem diversas rebeliões pelo território
imperial do Brasil. Diversos foram os motivos que provocaram os rebeldes: as
questões da política oligárquica (forma de governo em que o poder político
está concentrado num pequeno número de pessoas), críticas à quantidade de
impostos, as questões de miséria de boa parte da população, a maior
necessidade de participação por parte do povo à vida política, assim como a
necessidade de abolição da escravidão.
(Elaborado para o
Material de Apoio ao Currículo Paulista.)
O texto acima nos dá
indicativos dos pressupostos que favoreceram e fizeram eclodir as inúmeras
rebeliões pelas províncias do Império, tais como:
Atividade
1:
1)
Segundo o texto 1, quais foram os principais motivos que levaram a eclosão de
revoltas em várias regiões do país?
2)
Quais foram os estados que ocorreram revoltas nesse momento de início do
Império e entre quais anos ocorreram essas revoltas?
3)
Escolha uma das revoltas listadas acima e faça uma breve pesquisa
sobre ela.
Texto
2: Revolta dos Malês e o contexto social
Essa revolta foi de grande
repercussão na década de 1830, quando negros, mestiços e afrodescendentes
formavam a maior parte da população em Salvador, enquanto aproximadamente
somente 22% da população local era constituída por brancos.
Inúmeros negros escravizados
desenvolviam atividades como lavradores, sapateiros, barbeiros, entre tantos
ofícios nos centros urbanos, e esses possuíam maior “liberdade de movimento”
quando realizavam suas atividades para seus respectivos senhores, o que em
muito favoreceu a organização e o aperfeiçoamento da revolta.
(Elaborado
especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.)
As revoltas de escravos
também foram uma das formas de resistência extremamente comuns e
aconteceram em todo o país. Poderiam ser violentas e resultarem na morte de senhores de escravos e suas famílias, e
muitas procuravam a subversão da
ordem. Quanto mais escravos presentes em uma região, maiores as
chances de que revoltas acontecessem, e a Bahia do começo do século XIX ficou
marcada por isso.
A Revolta dos Malês eclodiu
abruptamente na madrugada do dia 25 de janeiro, porque
a trama havia sido denunciada e
todo o planejamento ruiu-se quando isso aconteceu. A revolta tinha sido
planejada pelos escravos urbanos, que se aproveitavam da maior liberdade de
locomoção que possuíam em relação aos escravos que trabalhavam na lavoura.
A revolta teve um forte
envolvimento com o islamismo, e isso ficou perceptível porque os africanos
que se rebelaram estavam usando um abadá branco,
traje típico dos muçulmanos. Além disso, muitos deles usavam amuletos com passagens do Corão
escritas em árabe.
Os combates espalharam-se
horas a fio pelas ruas de Salvador e resultaram na morte de 70 dos africanos
envolvidos e em nove mortes nas forças que lutavam contra os rebeldes. A
última batalha deu-se em um local de Salvador chamado Água de Meninos. Muitos dos
africanos, encurralados, procuraram fugir pelo mar e acabaram afogados. A
Revolta dos Malês, portanto, fracassou.
As punições contra os envolvidos
foram severas e alcançaram até os libertos que não se envolveram com a dita
revolta. Os punidos sofreram com a prisão, o açoite,
a deportação e
a execução. Ao todo,
quatro dos envolvidos foram condenados à morte, sendo eles: Jorge da Cruz Barbosa (Ajahi), Pedro, Gonçalo e Joaquim.
Esses quatro foram executados por fuzilamento.
Atividade
2: Leia com atenção os textos, reflita e responda:
1)
Qual era o objetivo central da Revolta dos Malês?
2)
Quais impactos a Revolta dos Malês pode ter causado na sociedade escravocrata
da época?
3) A
Revolta dos Malês não aconteceu conforme o planejado. Qual ou quais foram as
consequências para os negros revoltosos?
4)
Você já havia ouvido falar sobre essa revolta? Por que você acha que há pouco
conhecimento sobre algumas das muitas revoltas do Brasil colonial?
Aula do CMSP sobre a Revolta dos Malês: https://www.youtube.com/watch?v=-uwMV5jxXIw&list=PLSP3TdMpLABvYzKXunrV_upX23dXmOsKM&index=19
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Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Entrega: até 24/08
Tema da aula: O Primeiro Reinado e a
Constituição
Objetivo da aula: analisar a política após a Independência do
Brasil, a partir da primeira Constituição, os grupos políticos e sociais
envolvidos e as transformações e permanências desse período da nossa
história.
Texto:
Primeiro Reinado (1822-1831)
O período que abrange os
anos de 1822 a 1831 ficou conhecido como o Primeiro Reinado. Foi um momento
bastante conturbado da história brasileira, marcado por crises de natureza
econômica, social e política. O imperador Dom Pedro I iniciou o processo de
organização do Estado brasileiro, através da criação de órgãos burocráticos e
administrativos, a criação de um exército permanente e a elaboração de leis
constitucionais.
O Partido Brasileiro se
dividiu entre duas facções: a conservadora e a liberal. Os conservadores
desejavam a criação de um governo fortemente centralizado, com uma monarquia
dotada de amplos poderes. Os liberais desejavam a criação de uma monarquia
constitucional e a descentralização administrativa e autonomia das
províncias.
Em maio de 1823, foi
convocada uma Assembleia Constituinte, que restringiu os poderes do
imperador, mas D. Pedro I reagiu, determinando a dissolução da Assembleia
Constituinte. Em seguida, o imperador constituiu o Conselho de Estado,
integrado por dez pessoas, que ficaram encarregados de elaborar uma nova
Constituição. Desse modo, surgiu a Constituição outorgada de 1824.
Em seus aspectos mais
importantes, o texto da Constituição assegurava: uma rígida centralização do
poder; um governo monárquico e hereditário; o catolicismo como religião
oficial; o poder do Estado sobre a Igreja; o voto censitário e eleições
indiretas. Estabelecia também a divisão dos poderes, criando o Executivo,
Legislativo, Judiciário e Moderador.
A Constituição de 1824
causou profundo descontentamento das camadas sociais gerando uma grande
rebelião. A Confederação do Equador foi o resultado de uma revolta que
eclodiu em Pernambuco, mas que rapidamente se espalhou por várias províncias
do Norte e Nordeste. As províncias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e
Piauí, juntaram-se a causa dos confederados. Entre seus líderes, estavam
Cipriano Barata e Frei Caneca, veteranos da revolta pernambucana de 1817.
A Confederação do Equador
foi assim denominada porque uniu algumas províncias que se situavam próximas
à linha do equador. Teve como principal objetivo lutar pelo estabelecimento
do federalismo e da República. Assim como aconteceu com outras rebeliões, as
divergências internas do movimento facilitaram a repressão organizada pelo
poder central. Dom Pedro 1º reuniu tropas e derrotou os rebeldes.
(Fonte: adaptado do site educacao.uol.)
Atividade:
Segundo as informações presentes no texto acima, responda:
1) O Primeiro Reinado (de 1822 até 1831), foi
um momento de reorganização do Estado, elaborado por D. Pedro I. No que
consistiu basicamente essa organização?
2)
Quais os dois grupos em que se dividiu o Partido Brasileiro e o que desejava
cada um deles?
3) Quais
os aspectos mais importantes que a Constituição de 1824 assegurava?
4) A
Confederação do Equador foi uma das consequências das transformações causadas
no Primeiro Reinado. Explique sua causa e o objetivo dessa rebelião.
5) Em
relação à Constituição de 1824, há conceitos específicos que precisam de um
olhar mais aprofundado. Pesquise o significado de alguns desses conceitos,
como: governo hereditário, voto censitário, poder executivo, poder
legislativo, poder judiciário e poder moderador.
Esta aula do Centro de Mídias pode ajudá-lo a
compreender melhor esse assunto: https://www.youtube.com/watch?v=YNR4pYDo4M0&list=PLSP3TdMpLABvYzKXunrV_upX23dXmOsKM&index=18&t=470s
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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 10/08 ATÉ 17/08
Observação
importante: As
atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve
ser feita através do WhatsApp no particular (professora Erika), ou ainda pelo
centro de mídias (CMSP) no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail
(erikacastelani@hotmail.com).
Tema da aula: O Primeiro Reinado
Objetivo
da aula: analisar a
política após a Independência do Brasil, a partir da primeira Constituição,
os grupos políticos e sociais envolvidos e a exclusão de outros grupos
sociais. Esta aula possui textos, imagens e questões disponíveis no caderno
do aluno 3.
Texto: A primeira Constituição Brasileira
A instauração da primeira Constituição
Brasileira, outorgada em 1824, estabeleceu alguns pontos, tais como:
•
Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário e Poder Moderador;
• Eleições censitárias, com ênfase na renda
anual de cada eleitor;
• As mulheres não possuíam direito ao voto;
• O catolicismo foi adotado como a religião
oficial do Estado, sendo permitido o culto somente de maneira doméstica a
outras crenças religiosas, isto é, pessoas que não eram católicas não podiam
demonstrar sua fé publicamente.
A Constituição
de 1988, datada de 5 de outubro de 1988, inaugurou uma nova realidade
jurídico institucional no país, isto é, por meio de leis estabeleceu-se a
ampliação das liberdades e dos direitos individuais. E, em especial em seu
artigo 5º, a nossa Constituição diz que todos nós somos iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza. Destacamos, assim, algumas condições
estabelecidas:
• É inviolável a liberdade de consciência e
de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;
• É assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem.
(Fonte: Elaborado
especialmente para o Material de Apoio ao Currículo. Paulista)
Questões:
1) A partir da leitura do texto acima,
registre as principais condições apresentadas que constam no documento da
Constituição.
2) O que pode representar essas novas
condições para a população de modo geral?
3) No artigo 5º da Constituição Federal de
1988, a lei afirma que somos todos iguais. Por que precisamos estabelecer
leis que garantam direitos mínimos e naturais para todas as pessoas?
4) E na atual
Constituição Federal Brasileira, quem pode participar das eleições?
5) O que significa a extensão do direito ao
voto para um número maior de participantes?
Observe a imagem para responder a atividade
abaixo:
Fotografia de Marc Ferrez. 1885. Escravizados em uma
fazenda de café no Brasil.
Levando em
consideração essa fotografia e o ano quem foi tirada, assim como a data do
Constituição da atividade anterior, responda:
1) Você acredita que logo após a Independência
do Brasil, as estruturas internas referentes à política, economia e vida
social alteraram aspectos de todas as pessoas que viveram nesse
período? Justifique sua resposta.
Esta aula do Centro de Mídias pode ajudá-lo
a compreender o tema da aula e a desenvolver as atividades:
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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 03/08 ATÉ 07/08
Observação importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
Objetivo da aula: Revisar os conteúdos do bimestre que tratam
das independências na América, a partir da leitura e interpretação de um
texto que fala especialmente da participação de escravos no processo de
independência do Brasil.
Tema da aula: Independência do Brasil
Texto: Escravos soldados
“Quando veio a emancipação do
Brasil, Salvador continuava controlada pelos portugueses. Ao ser aclamado
imperador no Rio de Janeiro, D. Pedro declarou seu apoio aos patriotas
baianos. Enviou material bélico, tropas e o oficial francês Pedro Labatut, um
militar de carreira com experiências nas guerras napoleônicas e
hispano-americanas. [...]
Labatut mandou recrutar ‘pardos e
pretos forros’ para criar um batalhão de libertos. Também confiscou escravos
pertencentes a portugueses ausentes (tidos como inimigos) para trabalharem
nesse batalhão. O Conselho Interino de Governo, sediado em Cachoeira e
formado por poderosos senhores de engenho, julgou a medida perigosa. [...]
Estava aberto um novo campo para a
resistência escrava, e confirmado o receio dos senhores de engenho. Muitos
escravos dirigiam-se ao acampamento baiano. Um número significativo deles –
foragidos ou recrutados para o batalhão de libertos – estava no Exército
Pacificador no dia 2 de julho de 1823, quando se comemorou a vitória dos
patriotas. [...]
No dia 30 de julho veio a ordem da
capital do império: o governo baiano deveria tratar de conseguir a liberdade
dos escravos-soldados. Os senhores que não se dispuseram a fazê-lo
gratuitamente poderiam receber uma compensação. Assim, mantinha-se o direito
de propriedade e o princípio importante de que a liberdade era privilégio
exclusivo do dono de escravo. [...]
Não se sabe quantos donos
libertaram seus escravos gratuitamente, nem quantos insistiram em ser
recompensados. [...]
A voz dos próprios escravos quase
não aparece na vasta documentação sobre o recrutamento e a libertação
pós-guerra. Mas eles certamente viam as lutas, e também a independência, como
meios para conquistar a liberdade.”
(KRAAY,
Hendrik. Artigo da Revista de História da Biblioteca Nacional (2009): Na
Bahia, escravos se juntaram às tropas com a esperança de ganhar a liberdade.)
1)
Quem o oficial Labatut mandou recrutar na Bahia para a formação seu exército?
2)
O texto acima termina com a frase: “certamente viam as lutas, e também a
independência, como meios para conquistar a liberdade”. Copie um trecho do
texto que confirme esta ideia.
3)
Qual a ordem que chega da capital em 30 de julho para o governo baiano?
4) Na sua opinião, a participação de escravos
na guerra pela independência do Brasil contribuiu para acabar com a
escravidão no país? Justifique sua resposta.
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O
objetivo dessa semana será recuperar os temas trabalhados, tirando as dúvidas
e fazendo as atividades do bimestre que ainda não foram entregues.
Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP) no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail (erikacastelani@hotmail.com).
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Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feita através do WhatsApp, no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP), no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail
(erikacastelani@hotmail.com).
Objetivo
da aula: compreender algumas das formas de
resistência encontradas pelos povos indígenas e africanos diante da
colonização europeia na América Portuguesa.
Resistências
indígenas e africanas nas Américas
Durante toda a história da
América colonial, indígenas e africanos foram escravizados. Porém, veremos
que esta não é apenas uma história de opressão, mas também de resistência,
que poderia ser tanto física como cultural, frente à imposição da
colonização europeia por toda a América.
·
Conquista da América, escravidão e
resistência indígena:
Os povos nativos do
continente americano foram a primeira opção dos colonizadores europeus para o
trabalho escravo. Um elemento que permite entender o processo colonizador é a
convivência dos europeus com alguns líderes indígenas. Para cooptar um maior
número de trabalhadores escravizados, os colonizadores prometiam recompensas
para as autoridades nativas em troca da mobilização da mão de obra. Exemplo
disso foi a extração do pau-brasil de nossa costa, através do escambo
(os nativos faziam o trabalho de extração dessa madeira e em troca
recebiam como pagamento objetos europeus).
Porém, nunca deixaram de
existir grupos indígenas que se revoltavam contra a presença do homem branco,
não apenas resistindo à escravização, mas também atacando engenhos e
aldeamentos. A escravidão indígena foi proibida no Brasil somente em 1750,
mas isso não significa que esse regime acabou, apenas tornou-se menor e ficou
mais restrito a regiões remotas. De lá para cá, os indígenas continuaram
defendendo seu território, atacando vilarejos e negociando tréguas com os
homens brancos.
A resistência também era
cultural, quando as tradições e a língua eram passadas de geração para
geração apesar da imposição da fé católica e proibição de outros idiomas que
não aqueles vindos da Europa.
·
Colonização e escravidão negra
Encontrando entraves na
escravidão indígena (diminuição daquela população, fugas constantes,
resistência mais organizada e intervenção da igreja), os colonizadores
europeus acabaram optando por utilizar como mão de obra povos de origem
africana.
Porém, assim como os
indígenas, desde o primeiro impulso colonizador, diferentes africanos não se
deixaram submeter tão facilmente à escravidão. Eles vinham de diversas
regiões do continente, e era comum que não falassem a mesma língua e até que
entrassem em conflito entre si. Eles não se viam como uma unidade de povos
africanos, mas sim como malês, iorubás, moçambicanos e outros povos trazidos
da África. Foi o europeu que os denominou todos de “negros”, considerando-os
como um grupo só.
Desde sua captura em terras
africanas até a vinda nos navios negreiros, aquelas pessoas resistiram ao seu
sequestro, fosse lutando ou até mesmo cometendo suicídio. Ao desembarcarem na
América, logo eram afastados de suas famílias e submetidos ao trabalho
compulsório em lavouras, cidades ou na extração de minérios. Eram proibidos
de portar armas, mas sempre era possível furtar lâminas e ferramentas para
planejar fugas ou vinganças.
No silêncio da senzala,
contar as velhas histórias, usar os velhos nomes e conversar na sua língua
materna eram formas de resistir à colonização. Grande símbolo da resistência
africana no Brasil é a capoeira Angola, que durante a maior parte de nossa
história foi proibida, tanto por fazer parte da cultura negra como por ser
utilizada como resistência contra os brancos.
Entretanto, foram os
quilombos os principais meios de resistência dos africanos neste continente.
Eram redutos formados por escravos fugidos do cativeiro, onde podiam recriar
suas tradições e viver fora da dominação colonial. Zumbi dos Palmares (grande
quilombo de Pernambuco) é o líder quilombola mais conhecido na história do
nosso território.
Zumbi acabou preso e
condenado ao suplício (morte exemplar) para desestimular os negros a se
rebelarem. Apesar disso, sua figura continuou sendo utilizada como símbolo de
resistência de movimentos negros até hoje. A data da sua morte, celebrada no
dia 20 de novembro, foi escolhida pelo Movimento Unificado como o dia da
consciência negra.
O Brasil foi o último país
da América a abolir a escravidão negra, em 13 de maio de 1888.
Atividade:
Segundo o texto, responda:
1) O texto fala sobre formas de resistência
indígena tanto físicas quanto culturais, quais são elas?
2) Por que a escravidão indígena foi sendo
substituída pela africana?
3) Quais as formas de resistência africana
citadas no texto?
4) Por que os quilombos forma uma importante
forma de resistência?
5) Zumbi é o líder quilombola mais conhecido
e a data de sua morte é hoje destinada ao ‘Dia da Consciência Negra’. Sabendo
um pouco mais sobre a história da escravidão no Brasil, qual sua opinião
sobre a importância desse dia?
Aula do Centro de Mídias:
https://www.youtube.com/watch?v=Ow0_NpGh6Zw&list=PLSP3TdMpLABvYzKXunrV_upX23dXmOsKM&index=13&t=1938s
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Observação importante: As
atividades devem ser feitas no caderno e enviadas por fotos. A entrega deve ser
feito através do WhatsApp, no particular (professora Erika), ou ainda pelo
centro de mídias (CMSP), no classroom, e também podem me entregar pelo e-mail
(erikacastelani@hotmail.com).
Tema da aula: A Independência do Brasil
A independência do
Brasil aconteceu em 1822,
tendo como grande marco o grito da independência que foi realizado por Pedro
de Alcântara (D. Pedro I durante o Primeiro Reinado), às margens do Rio
Ipiranga, no dia 7 de setembro. Com a independência do Brasil
declarada, o país transformou-se em uma monarquia com a coroação de D.
Pedro I.
A independência do Brasil está diretamente
relacionada com a chegada da família real no Brasil em
1808, o que ocasionou uma série de mudanças que contribuíram para o
desenvolvimento comercial, econômico e possibilitou a
independência do Brasil. Com a chegada da família real, o Brasil
experimentou, em seus grandes centros, um grande desenvolvimento resultado
de uma série de medidas implementadas por D. João VI, rei de Portugal.
Instalado no Rio de Janeiro, o rei português autorizou a abertura dos
portos brasileiros às nações amigas, permitiu o comércio entre os
brasileiros e os ingleses como medidas de destaque no âmbito econômico.
Outras medidas de destaque são destacadas
pelo jornalista Chico Castro:
“Tomou providências, um ano
após a sua chegada, para que houvesse interesse pela educação e literatura
brasileiras no ensino público, abrindo vagas para professores. Instalou na
Bahia uma loteria para arrecadar fundos em favor da conclusão das obras do
teatro da cidade; mandou estabelecer em Pernambuco a cadeira de Cálculo
Integral, Mecânica e Hidromecânica e um curso de Matemática para os
estudantes de Artilharia e Engenharia da capitania; isentou do pagamento de
direitos de entrada em alfândegas brasileiras de matérias-primas a serem
manufaturadas em qualquer província e criou, pela primeira vez no país, um
curso regular de língua inglesa na Academia Militar do Rio de Janeiro.”
Essas e outras medidas que
foram tomadas pelo rei português demonstravam uma clara intenção de
modernizar o país como parte de uma proposta que fizesse o Brasil deixar de
ser apenas uma colônia portuguesa, tornando-se de fato parte
integrante do Reino de Portugal. Isso, na prática, significou que o Brasil
deixava de ser uma colônia e transformava-se em parte integrante do Reino
português, que agora passava a ser chamado de Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarves.
A presença da família real
no Brasil havia proporcionado grandes avanços, mas, ainda assim,
demonstrações de insatisfação aconteceram por meio da Revolução Pernambucana de 1817. A
mudança da família real para o Brasil havia resultado em grande aumento de
impostos e interferido diretamente na administração da capitania.
Portugal vivia uma forte
crise, tanto política quanto econômica, em
consequência da invasão francesa. Além disso, havia uma forte
insatisfação em Portugal por conta das transformações que estavam acontecendo
no Brasil, sobretudo com a liberdade econômica que o Brasil havia conquistado
com as medidas de D. João VI.
A Revolução Liberal do Porto eclodiu
em 1820 e foi organizada pela burguesia portuguesa inspirada em ideais
liberais. Um dos grandes objetivos dos portugueses era o retorno do rei para
Portugal. Na visão da burguesia portuguesa, Portugal deveria ser a sede do
Império português.
Outra reivindicação importante
dos portugueses foi a exigência de restabelecimento do monopólio comercial
sobre o Brasil. Essa exigência causou grande insatisfação no Brasil, uma
vez que demonstrava a intenção dos portugueses em permanecer os laços
coloniais em relação ao Brasil. O rei português, pressionado pelos
acontecimentos em seu país, resolveu retornar para Portugal em 26 de abril de
1821.
Na viagem de D. João VI,
cerca de quatro mil pessoas retornaram para Portugal. O rei português, além
disso, levou para Portugal uma grande quantidade de ouro e diamantes que
estavam nos cofres do Banco do Brasil. Com o retorno de D. João VI, Pedro de Alcântara foi transformado
em regente do Brasil.
Atividade:
Leia o texto para responder às seguintes questões:
1) Por
que a independência do Brasil está intimamente ligada com a vinda da Corte
portuguesa em 1808?
2) O
jornalista Chico Castro cita no texto outras medidas importantes criadas com
a vinda da família real. Cite algumas delas.
3) O
que significou o país passar a ser chamado de Reino Unido de Portugal, Brasil
e Algarves?
4) O
texto cita duas Revoluções que ocorreram no período, quais são elas?
5)
Quais as críticas que cada uma dessas Revoluções fazia em relação a presença
da família Real no Brasil?
Aula do Centro de Mídias:
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Observação
importante: As atividades devem ser feitas no caderno e
enviadas por fotos. A entrega deve ser feito através do WhatsApp, no
particular (professora Erika), ou ainda pelo centro de mídias (CMSP), no
classroom, e também podem me entregar pelo e-mail
(erikacastelani@hotmail.com).
Objetivo
da aula: refletir acerca do protagonismo dos
diferentes grupos sociais e étnicos, identificando suas atuações e
influências nas lutas pela independência no Brasil e na América Latina.
Tema
da aula: Os processos de independência nas Américas
Texto
1: Independência da América Espanhola
O processo de
independência da América Espanhola ocorreu em um conjunto de situações
experimentadas ao longo do século XVIII. Nesse período, observamos a ascensão
de um novo conjunto de valores que questionava diretamente o autoritarismo
das monarquias. O iluminismo defendia a liberdade dos povos e a queda dos
regimes políticos que promovessem o privilégio de determinadas classes
sociais.
Sem dúvida, a elite letrada
da América Espanhola inspirou-se no conjunto de ideias iluministas. A grande
maioria desses intelectuais era de origem criolla, ou seja, filhos de
espanhóis nascidos na América desprovidos de amplos direitos políticos nas
grandes instituições do mundo colonial espanhol. Por estarem politicamente
excluídos, enxergavam no iluminismo uma resposta aos entraves legitimados
pelo domínio espanhol, ali representado pelos chapetones.
Ao mesmo tempo em que houve
toda essa efervescência ideológica em torno do iluminismo e do fim da
colonização, a pesada rotina de trabalho dos índios, escravos e mestiços
também contribuiu para o processo de independência. As péssimas condições de
trabalho e a situação de miséria já tinham, antes do processo definitivo de
independência, mobilizado setores populares das colônias hispânicas.
Fonte
1: Carta da Jamaica
Os americanos no sistema
espanhol, que está em vigor, eu quero com mais força do que nunca, eles não
ocupam outro lugar sociedade do que a dos próprios empregados para o
trabalho, e quando mais do que simples consumidores; e ainda assim coagidos a
restrições ofensivas; tais são as proibições de cultivo dos frutos da Europa,
o estanco das produções que o Rei monopoliza; o impedimento das fábricas que
a Península não possui; os privilégios exclusivos do comércio, até dos
objetos de primeira necessidade, os entraves entre as províncias e províncias
americanas, para que não tratem, ajustem nem negociem; enfim, você quer saber
qual era o nosso destino? Os campos para cultivar o anil (...), o café, a
cana, o cacau e o algodão; nos prados solitários para criar gado; nos
desertos para caçar animais ferozes; as entranhas da terra para escavar o
ouro que não pode saciar essa nação abrangente (...).
Kingston, 6 de
setembro de 1815
Simón Bolívar
Fonte
2: Carta para o General Juan José Flores
A S. Ex.ª General Juan José
Flores Meu caro General: V. Ex.ª sabe que governei durante vinte anos e deles
[do povo] obtive poucos resultados.
1º) A América é ingovernável
para nós.
2º) Aquele que serve a uma
revolução ara no mar.
3.º) A única coisa que se
pode fazer na América é emigrar.
4.º) Este país cairá
infalivelmente nas mãos da multidão desenfreada, para depois passar a tiranos
quase imperceptíveis, de todas as cores e raças.
5.º) Devorados por todos os
crimes e extintos pela ferocidade, os europeus não se dignarão a nos
conquistar.
6.º) Se fosse possível para
uma parte do mundo retornar ao caos primitivo, este seria o último período da
América.
Barranquilla, 9 de
novembro de 1830
Simón Bolívar
Atividade:
Leia com atenção o texto e as duas fontes, para responde às seguintes
questões:
1) Segundo
o texto 1, o que defendia o Iluminismo?
2) O
texto 1 fala da atuação dos dois principais grupos sociais e étnicos nas
lutas de independência da América Espanhola: os chapetones e os criollos.
Explique quem eram eles, segundo o texto.
3) Quem
é o autor das duas fontes e em que datas elas foram escritas?
4) Na
fonte 1, o autor descreve motivos do descontentamento contra a coroa
espanhola na América. Aponte alguns desses motivos.
5) O
autor das fontes se apresenta como um porta voz dos colonos hispânicos.
Explique esta afirmação. A que grupo social ele pertencia?
6)
Realizando a leitura das fontes podemos perceber que no período entre as
cartas houve uma mudança de posicionamento nas ideias de Simón Bolívar. Qual
seria esta mudança? Em qual trecho é possível reconhecer isso? Explique.
Aula do Centro de Mídias:
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